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O Sisejufe nesta quarta-feira, 15 de junho, concluiu na Seção Judiciária do Rio de Janeiro (SJRJ) da avenida Rio Branco, a rodada de assembleias setoriais que vem realizando desde o início da semana, para a deflagração da greve da categoria no estado. Às 13h, cerca de 70 servidores se reuniram em frente ao prédio da Justiça Federal, para discutir sobre as negociações para a aprovação do PL 6.613/2009, e a necessidade de todos os servidores do Judiciário Federal participarem na próxima quinta-feira, 16 de junho, do movimento nacional em prol do PCS.
Para o dirigente sindical Roberto Ponciano, a categoria se encontra em um momento crucial: ou para as atividades e faz um movimento grevista amplo e forte ou não conseguirá garantir o reajuste salarial para 2012. Ponciano explicou aos servidores que o Supremo Tribunal Federal (STF), finalmente, se comprometeu a enviar para a Secretaria de Orçamento e Finanças (SOF) do Ministério do Planejamento, até o dia 17 de junho, a dotação orçamentária para pagar o PCS de forma integral e em apenas um ano. "Nos dois últimos anos, o STF não nos ajudou, porque quem encaminha a dotação orçamentária é o Supremo, que não enviou. Porém, agora, a novidade é que STF se comprometeu, em reunião com o deputado Roberto Policarpo (relator do projeto), a encaminhar a dotação até sexta-feira, dia 17. Se isso se confirmar, politicamente o STF sai da posição de neutralidade e de ponto morto para jogar pressão no Executivo. É uma mudança consistente na situação política", conclui Ponciano.
Portanto, para o dirigente sindical, os servidores precisam estar nas ruas e participar da passeata que será realizada em 16 de junho, a partir de 15h, com saída na igreja da Candelária. "Não tem que ter medo de corte de ponto. Tem que paralisar todas as atividades. Pela lei de greve precisamos garantir 30% do quadro dos servidores em funcionamento. Os outros 70% tem que estar aqui fora na passeata para pressionar o STF a de fato enviar a dotação orçamentária", avaliou Ponciano.
Na análise do diretor do Sisejufe, os servidores precisam compreender que após o envio da dotação para a SOF, as outras etapas para aprovação do PCS são menos desgastantes. "Não adianta aprovar o PCS sem verba aprovada para efetuar o pagamento. Por isso, o encaminhamento da dotação ao STF é decisivo. Além disso, esse será o nosso último PCS no atual modelo, caso o projeto seja aprovado de forma integral. Após este, nossa luta será pela reposição das perdas causadas pela inflação, pois teremos chegado à equiparação salarial com carreiras do Ciclo de Gestão", ponderou Roberto Ponciano.
O coordenador executivo da Fenajufe e diretor sindical Valter Nogueira Alves, analisou que a situação dos servidores é delicada. Caso a dotação orçamentária não seja encaminhada pela SOF, não haverá aumento em 2012. "A verdade é que o chefe do Poder Judiciário, Cezar Peluso, não cumpre seu papel. Ele não articula com a presidência da República. Aconteceu um jantar entre os ministros e a presidenta Dilma Rousseff e ele não pautou o tema. Os servidores de Brasília estão em greve há um mês e ele continua com essa posição. Por isso, não há outra alternativa que não seja a greve nacional. Precisamos forçar uma ação do chefe do Poder Judiciário", disse o coordenador da Fenajufe.
Ponciano, concluiu a participação na assembleia pedindo unidade a categoria. "Peço aos companheiros do movimento pró-subsídio que neste momento prevaleça a unificação dos servidores. Qualquer discussão sobre PL ou subsídio precisa ser realizada depois. Agora, precisamos estar juntos", finalizou.
O diretor sindical João Cunha, também pediu união aos servidores em seu discurso e avaliou que o momento político chama a categoria para refletir sobre o papel de cada um neste processo decisório. "Não podemos ficar achando e elogiando a greve do bombeiros, que não tem constitucionalmente direito a sindicalização e de greve, quando nós efetivamente que temos esse direito não fazemos a greve. Amanhã, temos que estar na passeata e, em caso de deflagração de greve, participar do movimento no dia a dia", convocou o diretor João Cunha.
Tatiana Lima - Imprensa Sisejufe
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